Interrogação
Sofia Oliveira tinha dois anos quando desapareceu em 2004 da residência da sua mãe na Madeira; Claúdia Sousa tinha 7 anos quando desapareceu em Vila Verde; Rui Pedro tinha 11 anos; Rui Pereira tinha 14 anos; João Teles tinha 16; Jorge Sepúlveda tinha 14 anos; Beatriz Freman tinha 7 anos; Ana Santos tinha 15 anos; Rita Monteiro 17 anos. Estes são apenas alguns dos nomes e rostos que permanecem um mistério por desvendar e que se mantêm na secção de pessoas desaparecidas da Policia Judiciária. O que me intriga e deixa perplexa é a forma como os casos são tratados. Ciente de que todas as pessoas devem ser tratadas de igual forma perante a lei e que ninguém se encontra a cima dela, não compreendo, como é possível um tratamento tão desigual no que à investigação e atenção aos casos é dispensada.
Quer a policia judiciária, quer a igreja, quer a comunicação social tratou o mais recente caso do desaparecimento da menina britânica de forma completamente diferente do que até aqui havia sido feito.
Continuo sem conseguir perceber como é possível passar-se 30 minutos de um qualquer telejornal sempre tendo como destaque o desaparecimento da menina (situação que lamento profundamente) e as quezilas entre policia britânica, populares britânicos e polícia judiciária. Parece que nada mais importa neste país. Mas uma coisa é certa pelo menos desvia-se a atenção da população para a situação desastrosa deste país, que sob o jugo da política e dos seus governantes caminha para um local ermo, cujas políticas baralham o cidadão mais atento.