quarta-feira, novembro 05, 2008

Obama...a esperança


Fez-se história... Pela primeira vez, nos Estados Unidos da América, elegeu-se um presidente negro. O mundo rendeu-se à Obamania, ergue-se de esperança. Os olhos viram-se para ele, anseia-se que seja o redentor da crise financeira. Será árdua a tarefa de erguer das cinzas o capitalismo. Ninguém lhe negue perfil. Um perfil que faz recordar Kennedy, não apenas pelo discurso que proferiu em Berlim, mas pela conspiração, não consumada, de tentativa de assassinato. O páis une-se à volta daquilo a que Oprah Winfrey, uma das suas maiores apoiantes e que terá conseguido uma percentagem significativa de eleitores, apelidou de "um país onde predomina o púpura", venceram-se os racismos e as xenofobias. Espera-se a tão ansiada cooperação com a nações, como caminho a seguir; que se impeça a construção de novos "muros entre os povos", que não haja lugar a distinções religiosas.
Conseguiu unir povos na luta pela eleição, criar esperança, no futuro, no pós-Bush e juntar um multidão de pessoas no Grant Park de Chicago. Aguarda-se que cumpra a promessa de retirar as tropas do Iraque nos primeiros 16 meses do seu mandato, porque já chega de derramar sangue de inocentes, de continuar uma guerra que se construiu sobre falsos alicerces, onde imperaram muitos interesses económicos. Acredito em Barak Obama, rejubilo na esperança de um discurso que vos apresento, em parte, aqui.
"Foi a resposta dada por jovens e velhos, ricos e pobres, Democratas e Republicanos, negros, brancos, latinos, asiáticos, homossexuais, heterossexuais, deficientes, americanos que enviaram a mensagem ao mundo de que não somos somente um conjunto de indivíduos ou um conjunto de estados vermelhos ou azuis. Fizeram-nos porque perceberam a enorme tarefa que nos espera. Porque apesar de celebrarmos esta noite, sabemos que os desafios que o dia de amanhã nos trás são os maiores da nossa vida – duas guerras, um planeta em perigo, a pior crise financeira num século. Apesar de estarmos aqui esta noite, sabemos que existem americanos no deserto do Iraque, nas montanhas do Afeganistão que arriscam as suas vidas por nós.
Há mães e pais que não conseguem adormecer e que ficam a pensar como pagar as hipotecas ou as contas do médico ou se conseguem poupar o suficiente para a educação dos filhos.
Temos de rentabilizar a nossa energia, criar novos postos de trabalho, construir novas escolas e lidar com ameaças e reparar alianças. Vamos unir-nos num novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, em que cada um de nós resolve participar e trabalhar mais e olhar não só por nós mesmo mas também pelos outros.
Não nos esqueçamos que se a crise financeira nos ensinou alguma coisa foi de que não podemos ter uma Wall Street florescente enquanto que os outros sofrem.
Neste país, levantamo-nos e caímos como uma nação só, como um povo. Resistamos à tentação de voltar a cair no mesmo sectarismo, mesquinhez e imaturidade que envenenou a nossa política durante tanto tempo."

2 Comments:

At 06 novembro, 2008 19:05, Blogger Su. said...

Pois! Dá mesmo vontade de sentar e rezar!

beijao

 
At 06 novembro, 2008 20:31, Blogger Ermelinda Silva said...

Os humanos são todos iguais. Nasce uma nova esperança, apaga-se a luz; apaga-se a luz e nasce uma nova esperança.É a dialéctica da vida!

Não acredito no fim do fundamentalismo, das desigualdades, do racismo...

Só por um "acto de Fé" é que nascerá das cinzas uma nova criatura; não por um acto democrático com mãos e coração humanos.

E acredito nas pessoas!
Para mim são todas iguais! Não há negros nem brancos, nem asiáticos, nem profetas! São seres humanos e onde há a marca humana há o sublime e o mesquinho; a guerra e a paz; a esperança e o desespero...

Os grandes interesses não desaparecerão da face do Planeta Azul! Instalaram-se definitivamente e a História dos Povos está subordinada ou à Política ou à Religião. Às vezes às duas realidades!

Levará milhões de anos a fazer-se a pureza de coração até que nasça uma nova geração, limpa e verdadeira!

Perguntar-me-ão:- então não valemos nada, não somos pessoas, não temos valores, não somos dignos?

Categoricamente verdadeiro!

Mas dois terços do Planeta estão conspurcados e nós seremos o reduto; nós que ainda vemos o caminho e o sentido que ele leva!

E o texto, Carla, é simplesmente optimista, alegre, festivo!

Comtinue e escreva mais, muito mais!!!

 

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