segunda-feira, fevereiro 25, 2008

A Cura de Schopenhauer


A Cura de Schopenhauer, do mesmo autor de "Quando Nietzsche chorou" - Irvin Yalom, é embriagante. No decorrer da leitura somos colocados na intriga que se adensa.

Um grupo de pessoas junta-se semanalmente para 90 minutos de terapia em grupo: Stuart, Gill, Bonnie, Rebecca, Tony, Pam, Julius e Philip. Divino é, talvez, o adjectivo que melhor se aplica para classificar esta viagem pelo mundo da psicoterapia e da orientação filosófica. Quatro dos personagens acima referidos têm um brilho especial: Julius, terapeuta do grupo, descobre que tem um melanoma e que tem pouco mais de um ano de vida pela frente; Philip, seu antigo paciente, sofre de um obsessão sexual que consegue tratar graças às leituras de Schopenhauer; Pam tem dificuldades nos relacionamentos e apresenta-se como uma juíza implacável; Tony, esteve preso por diversas vezes, é rude nos modos, mas mudará e surpreenderá pela evolução ao longo da trama.

Para adensar o apetite: "Seriam as conclusões pessimistas de Schopenhauer sobre a condição humana tão insuportáveis que ele acabou por mergulhar na depressão? Ou foi o contrário: era tão infeliz que acabou por concluir que a vida é um facto triste que nem devia ter ocorrido? Ciente desse enigma, ele lembrou-nos (e a si mesmo) que a emoção tem o poder de toldar e falsificar o conhecimento: o mundo assume um aspecto sorridente quando temos motivos para nos alegrar e um ar sombrio quando pesa sobre nós a tristeza."

5 Comments:

At 25 fevereiro, 2008 01:49, Blogger deep said...

Ainda não li. Na verdade, penso não ter ouvido falar do livro até agora. Aguçaste-me o apetite. É bem verdade: o nosso estado de espírito condiciona a nossa visão do mundo; por mais que tentemos ser objectivos, ainda que inconscientemente, as emoções impedem-nos de ver a verdade, seja das coisas, seja das pessoas.

Também eu gosto de te ler. :) Obrigada pelas tuas palavras simpáticas no "letras".

Como está a tua amiga? Melhor, espero.

Boa semana. Bjs

 
At 25 fevereiro, 2008 09:50, Blogger Unknown said...

Olá! Passei para dar um bom dia! Gostei muito do "Quando Nietzsche Chorou", este ainda não li...será o próximo!
Beijos

 
At 25 fevereiro, 2008 19:15, Blogger Rute de Moura said...

Talvez seja uma das próximas leituras...

 
At 27 fevereiro, 2008 19:00, Blogger clara branco said...

não clicar no comentário acima, é spyware!

 
At 28 fevereiro, 2008 00:27, Blogger Alien David Sousa said...

Sem exagerar Carla, tenho cerca de 10 livros empilhados ao lado da minha cama para ler, mas gostei do que li aqui.

"o mundo assume um aspecto sorridente quando temos motivos para nos alegrar e um ar sombrio quando pesa sobre nós a tristeza."

Posso ser só eu ,mas acho isto senso comum. Se eu tiver uma excelente noticia num dia que até nem me está correr bem, o meu dia dá uma volta de 180º, passo a ver tudo com outros olhos. Já aconteceu a todos nós e, o contrário também se pode dar. Nós somos sem duvida movidos pelas nossas emoções. Não há como fugir a este facto.

Beijinhos,vou ficar alerta a este livro

 

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