Falando por mim...
Hoje deixo que falem por mim, assim:
"Enquanto vivermos entre os seres humanos, seremos aquilo que os seres humanos considerarem que somos. Passamos por velhacos ou manhosos quando não paramos de perguntar a nós próprios como nos vêem os outros, quando nos esforçamos por ser o mais simpáticos possível. Mas entre o meu eu e o do outro, existirá algum contacto directo, sem a mediação dos olhos? Será pensável o amor sem uma perseguição angustiada da nossa própria imagem no pensamento da pessoa amada? Quando deixamos de nos preocupar com a maneira como o outro nos vê, deixamos de o amar."
Milan Kundera
1 Comments:
É mesmo assim porque o amor turva-nos o olhar chegando a cegueira a ser tamanha que nada nem ninguém nos demove. Emboídos desse sentimento que é, sempre excessivo, ficamos menos nós, perdemos soberania racional, emprestamos ao outro muito do que somos até para que haja ums dádiva sincera e uma entrega perfeita ao amor.
Esta situação vai-nos escravizando...
quando recuperamos lentamente a lucidez, vemos como foi demasiado o esforço e que não era preciso tanto para gostarem, só um pouquinho, de nós!
A nossa auto-estima vem muito do que os outros pensam de nós, quando pensam positivo; de contrário, nem os devemos ouvir pois não andamos a edificar templos para depois os deixarmos destruir.
Sou a favor de sentimentos nobres, mas não do amor, a não ser o Amor a Deus e ao Próximo.
Kundera, não concordaria!
Mas aí está um tema que merece muita reflexão!
Boa proposta!
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