quinta-feira, janeiro 14, 2010

Tenho andado um tanto ou quanto absorta em mim, embalada por uma avalanche de pequenos contratempos, que têm sido factor de preocupação acrescida. Procuro, por isso ocupar todos os compartimentos do cérebro, para evitar conjecturar. Quando vejo que estou a ir abaixo e penso em falar sobre um ou outro aspecto, dou o passo e volto atrás. Chegada a casa dei conta que me apetecia soltar um grito, não o fiz para não ouvir reclamações dos vizinhos (a minha veia humorística ainda aparece). A irritação está à flor da pele, assim como o suspiro pronto, e hoje, pela primeira vez desde que estou por estas paragens, senti-me escorregar nas areias movediças. Hoje, pela primeira vez, enquanto falava com uma pessoa que se tornou, para além de colega de trabalho, um amigo que admiro e estimo, senti a lágrima presa, enquanto falava de trabalho... Os fantasmas ainda pairam, continuarão a pairar, a aparecer, far-me-ão quedar, mas não desistirei de continuar a erguer-me.